Você imagina quantos dentes de leite tem uma criança? Antes de falar sobre isso, é importante falar um pouco mais sobre o desenvolvimento dos dentes de leite como um todo.
O crescimento de uma criança compreende diferentes fases, dentre elas a formação da dentição.
Nem todos os pais sabem, mas os dentes começam a se formar quando o bebê ainda vive no útero. Isso significa que os cuidados com os dentes devem começar o quanto antes, pois a fragilidade dos pequenos é propícia para infecções – que podem causar defeito de formação nos dentes de leite ou permanentes.
Para entender como lidar com o nascimento, troca e manutenção de dentes saudáveis, continue lendo para entender um pouco mais sobre o papel dos dentes de leite, quais as fases da dentição e como cuidar da saúde bucal das crianças.
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O que são dentes de leite e qual é o seu papel?
No total, as crianças possuem 20 dentes de leite – 10 superiores e 10 inferiores. Esses dentinhos, cujo nome técnico é decíduo, começam a aparecer na superfície da gengiva quando os pequenos ainda possuem 6 meses de idade.
Mais do que enfeitar o sorriso dos pequenos, os dentes de leite possuem papel fundamental na vida e na saúde das crianças. Veja algumas delas:
- Mastigação dos alimentos, essencial para facilitar o trabalho do organismo na hora da digestão;
- Desenvolvimento adequado dos ossos e músculos da face da criança;
- Possibilitar a fala e a correta pronúncia das palavras;
- Reserva dos espaços que serão, alguns anos mais tarde, substituídos por dentes permanentes. Ou seja, dentes que devem acompanhar as pessoas durante a vida toda.
Quais são as fases da dentição?
Os dentes de leite começam a nascer a partir dos 6 meses e são substituídos quando a criança completa seus 6 anos de idade. Para entender exatamente cada uma dessas fases, veja a seguir uma linha do tempo que compõe as fases da dentição dos pequenos.
6 meses – quando os dentes começam a aparecer
Quando um bebê de 6 meses começa a se sentir agitação, falta de apetite, gengivas inchadas e uma vontade quase que incontrolável de mastigar o que vê pela frente, é melhor ficar de olho: certamente os dentinhos estão começando a dar as caras.
Nesse momento, o papel dos pais ou responsáveis é buscar o auxílio de um profissional de odontopediatria – como são chamados os dentistas especialistas no tratamento de crianças.
Somente um profissional especializado poderá orientar corretamente os pais sobre como conduzir corretamente a higienização bucal dos pequenos e como reduzir o incômodo que o bebê sente até que todos os dentes decíduos tenham “nascido”.
2 ou 3 anos – dentes à mostra
Ao completar os 2 ou 3 anos de idade, em média, as crianças já estão com todos os seus 20 dentinhos no lugar certo. Além de curtir os sorrisos dos pequenos, os pais devem ficar atentos, pois nesse período as crianças devem começar a criar consciência sobre a importância da escovação e da higiene bucal regular.
Por isso, recomenda-se que os pequenos passem a frequentar o dentista em uma frequência de, pelo menos, 6 em 6 meses. A presença do dentista é fundamental, pois ele poderá acompanhar se a higiene bucal – escovação, fio dental, enxaguante bucal (quando necessário) – estão sendo feitos da maneira correta. E, ainda, se os dentes estão se desenvolvendo de forma alinhada.
6 anos – troca de dentes
Depois da dentição toda formada, aos 6 anos de idade os pequenos entram na fase em que o sorriso bonitinho e preenchido começa a dar espaço às janelinhas e dente de leite mole: a troca de dentes de leite pelos dentes permanentes.
O acompanhamento de um dentista de confiança ajuda no diagnóstico de questões como a má oclusão, dentes desalinhados, dentes de leite que não caem, ou qualquer outro probleminha da saúde bucal que necessite de intervenção. Afinal, quanto mais cedo os problemas dentários são tratados, menores as chances de problemas futuros.
13 anos – de olho na higiene bucal
Aos 13 anos as crianças já não são mais crianças e isso começa pela boca. Afinal, nessa idade a maioria dos adolescentes exibe em seu sorriso todos os dentes permanentes. Ao contrário do que possa parecer, o fato dos dentes já serem permanentes não deve servir como justificativa para deixar os cuidados de lado – muito pelo contrário!
Nessa idade os adolescentes começam a enfrentar muitas questões: mudanças no corpo, na forma de encarar o mundo, na personalidade… Ou seja, não é difícil encontrar casos em que os dentes acabam sendo tratados como segundo plano. Portanto, é papel dos pais ficar de olho e “pegar no pé” em relação a isso. Afinal, esses dentes não serão substituídos e devem ser tratados com muito cuidado e, sobretudo, higiene constante.
17 aos 21 anos – erupção dos sisos ou “dentes do juízo”
Seja qual for a idade, os filhos nunca deixam de ser uma preocupação. Por isso, ao completarem os seus 17 anos, os pais devem continuar de olho. Afinal, a partir dessa idade, geralmente, é que os adolescentes – quase adultos – podem sentir os sisos nascendo.
Em alguns casos, caso a erupção desses dentes ocorra de forma irregular, há risco de inflamação, o que provoca dores intensas e inchaço. Por isso, quanto mais atentos os adolescentes ou adultos ficarem, maiores as chances de perceber qualquer mudança antes de que isso vire um problema.
Além do dentista, como cuidar dos dentes de leite em casa?
Você já sabe o quanto é importante levar crianças e adolescentes ao dentista regularmente. Contudo, essa não é a única forma de cuidar dos dentes. É preciso também adotar alguns hábitos dentro de casa também. São eles:
- Alimentação balanceada: as cáries são o maior terror dos pais de crianças pequenas. Afinal, quem é que gosta de ver os filhos sentindo dores de dente? Por isso, uma das atitudes que podem ajudar a manter os dentes sempre saudáveis é a moderação no consumo de doces. Isso não significa proibir as crianças de mascar chicletes ou de comer um chocolate, mas sim supervisionar para que esse consumo ocorra em quantidades moderadas.
- Outra dica: quanto mais “grudentos” os doces, mais chances deles deixarem resíduo de açúcar no dente após a escovação e, consequentemente, mais chances também de cárie.
- Escovação e uso de fio dental frequentes: a higiene dos dentes é imprescindível para manter a saúde bucal sempre em dia – não importa a idade. Contudo, apesar da escovação ser importante, ela não deve ser a única forma de higienizar os dentes. O uso do fio dental também é muito importante e os pais têm o papel de incentivar e auxiliar as crianças durante a limpeza.
- É importante estar sempre alerta: sangramento durante a escovação, mau hálito ou qualquer sintoma estranho nos dentes deve ser comunicado ao dentista o mais rápido possível. Dessa forma é possível conduzir o tratamento adequado antes que isso vire um incômodo maior.
Não basta saber quantos dentes de leite tem uma criança, é importante que os pais saibam exatamente como introduzir hábitos de higiene bucal dentro e fora de casa. Por isso, além de levar as crianças ao dentista regularmente, é importante seguir as dicas listadas aqui.
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